sexta-feira, 3 de junho de 2011

De um Amor ou Talvez de Razão


Da minha goela saem palavras
Arranhadas de razão suicida
E o canto fatigado dos sós
Em peregrinação,
Rumando para qualquer sol
Que não queime o prumo do nariz.

Saem hinos, rezas e proclamações
Da minha goela arranhada
Pelo desencanto dos frágeis 
De ação...
Saem narrações desconexas!

Gritos ou então cânticos
Saem arranhando minha goela
Invocando todo deus
Ou qualquer um
Nos olhos mudos do meu pai
E na doçura do meu único amor,
Que esfria minha febre
E me ampara nas estradas
De pedras soltas,
Que ainda teimo em tomar.

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